GREVE DOS SERVIDORES
TÉCNICOS-ADMINISTRATIVOS:
FORTALECER A LUTA POR UM SERVIÇO PÚBLICO DE QUALIDADE!
FORTALECER A LUTA POR UM SERVIÇO PÚBLICO DE QUALIDADE!
Estamos há cerca de oitenta dias
construindo um importante e combativo movimento GREVISTA em todo o país. Na
busca do cumprimento dos acordos estabelecidos na greve de 2012, da definição
da data-base para os servidores públicos e contra a privatização da saúde
presente na EBSERH, as assembleias de trabalhadores têm, de norte a sul, dado
um recado claro da disposição de participação e luta dos trabalhadores em
defesa de um serviço público de qualidade.
Vale lembra que durante todo o ano de
2013, em diversas reuniões dos grupos de trabalho para acompanhar as conquistas
do ano anterior, o governo ignorou solenemente as reivindicações dos
servidores. A FASUBRA e os seus sindicatos filiados não tiverem, portanto,
outra alternativa que não o de deflagrar GREVE no dia 17 de março.
Mas por que o governo não prioriza a educação e os serviços públicos?
De acordo com a auditoria cidadã da
dívida, para o ano de 2014 nada menos que 42,42% do orçamento da União será
destinado ao famigerado pagamento da dívida pública, mantendo os lucros dos
banqueiros e grandes especuladores nacionais e internacionais. Já para a
educação apenas 3,44%, para a saúde 3,91% e ciência e tecnologia a generosa
parcela de 0,37%.
Quer dizer, a tão famosa carga
tributária que é cobrada essencialmente dos trabalhadores (basta ver que as
grandes empresas estão entre os maiores devedores e beneficiários de isenções
milionárias), é destinado não para benefício da população, e sim para manter os
já gigantescos lucros da especulação financeira. É possível, portanto, reduzir
impostos e ampliar os investimentos públicos.
Essa situação tem motivado diversas
categorias a debater e questionar a política adotada pelo governo, e nos
últimos anos praticamente todos os setores dos SPF´s convocaram marchas,
mobilizações e até mesmo GREVES para exigir valorização dos servidores, planos
de carreiras e reajustes salariais.
Qual o rumo dessa GREVE?
Nossa categoria nunca se furtou da
luta, e a FASUBRA tem sido uma das federações e sindicatos nacionais que mais
promoveu campanhas e enfrentamentos nesse período, e acertadamente temos
construído ao longo de toda essa GREVE ocupações de reitorias, manifestações de
rua, atos e ocupação do MPOG e no Congresso Nacional dando visibilidade e
consequência as pautas de reivindicações construídas em todo o movimento.
Estamos chegando num momento crítico
para o movimento, pois o governo tem apresentado a intransigência e a falta de
diálogo como ferramentas para tentar desgastar a GREVE e a nossa luta. É
importante que o movimento não se furte de promover uma análise sobre os rumos
que devemos tomar nessas próximas semanas.
Muitos têm tentado colocar a Copa da
FIFA e seus absurdos gastos, como o elemento motivador e impulsionador do
movimento. É inegável o crescente número de GREVES de diversas categorias, o
sentimento de indignação de considerável parte da população com essa destinação
de dinheiro público para a chamada política de “megaeventos”, mas a verdade de
nossa categoria não pode ser esquecida ou ter suas pautas secundarizadas nesse
período.
Precisamos reafirmar o que nos
motiva, e o que nos trouxe até aqui: a defesa dos interesses da categoria, o
cumprimento dos acordos da GREVE de 2012, a redução da jornada de trabalho para
30 horas, a definição da data-base dos servidores públicos, e a defesa de uma
saúde pública de qualidade, contrária a lógica privatista expressa com a
EBSERH.
É falso também o argumento de que
essa GREVE tem, ou deva ter por motivo de desgastar o governo por conta das
eleições que se aproximam em outubro. Qualquer resultado quanto a esse possível
“desgaste” é fruto unicamente da postura arrogante e autoritária tomada por
parte do governo na condução das negociações com o movimento e a FASUBRA.
Para nós do Movimento Luta de Classes
é preciso aumentar a pressão, combinando a tática de ocupações e atos dentro
das universidades com a de evidenciar na opinião pública a necessidade do
governo negociar imediatamente com os servidores. A palavra de ordem “NEGOCIA
DILMA” deve se fazer presente em todo o país para buscarmos conquistar nossos
direitos.
Só conquista quem luta!
Fortalecer a greve com mais unidade e
participação!
NEGOCIA DILMA!
Brasília, 07 de junho de 2014
MOVIMENTO LUTA DE
CLASSES
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