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Manifestações contra o PL 4330 |
Uma vez aprovado este projeto será legalizado a terceirização em todos os setores do mundo do trabalho no país, seja no meio rural ou urbano, público ou privado, na atividade fim e na atividade meio. Esse ataque precariza o trabalho e retira direitos conquistados historicamente da classe trabalhadora. Já é de conhecimento de todos que os trabalhadores terceirizados no Brasil ganham em média 24,7% menos que os contratados diretamente e têm jornadas maiores em pelo menos três horas semanais. Estima-se que se o tempo fosse igual à daqueles contratados diretamente, seriam criados 882.959 empregos no Brasil. Além disso, os acidentes de trabalho e mortes vitimam muito mais terceirizados do que funcionários diretos. Só no setor elétrico, por exemplo, os trabalhadores terceiros morrem 3,4 vezes mais do que os efetivos nas distribuidoras, geradoras e transmissoras da área de energia. Vale lembrar que a cada 45 dias morre um trabalhador terceirizado da Cemig (Companhia de Energia de Minas Gerais) e a cada 20 dias morre um trabalhador terceirizado da Petrobrás. Isso mostra que a luta contra a terceirização é uma luta pela vida. Por isso, dia 7 de abril os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros vão lutar contra a aprovação do projeto na Câmara Federal. Estamos em um momento em que temos o congresso mais reacionário do país desde a ditatura militar. Um exemplo disso é a aprovação da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos aprovada ontem na Comissão de Constituição e Justiça – CCJ, o senado não é diferente e a presidenta Dilma já avisou que caso seja aprovado o PL 4330, não irá vetá-lo. Ou seja, dia 7 é um dia determinante para barrarmos o projeto que ataca os direitos da classe trabalhadora no Brasil.
Renato Amaral
Fonte: http://fetquim.org.br
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