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Allan Prado e Douglas Neto esrma naturais de Ipatinga, Minas Gerais |
Douglas Eduardo Neto, 24, Allan Roger Prado, 23, e José Cezar Miguel, de 51, morreram. Eli Carlos Almeida Fernandes, 36, ficou ferido, mas já teve alta. Eles foram encaminhados para o Hospital Fundação Ouro Branco.
A explosão só foi divulgada um dia depois, por meio de uma nota. No texto, a Gerdau informou que as duas empresas estão “prestando toda a assistência às famílias das vítimas e trabalhando para apurar as causas do acidente”.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco, também por meio de uma nota, afirmou que os acidentes na usina têm sido frequentes e envolvem principalmente trabalhadores de empresas terceirizadas. De acordo com o sindicato, no dia 10, um trabalhador terceirizado caiu do alto-forno e teve um corte profundo na barriga. No começo do mês, dois trabalhadores também sofreram uma queda na área da aciaria (local onde o ferro-gusa é convertido em aço). Um ficou ferido e o outro segue internado em estado grave.
A entidade diz ainda que vai exigir que a empresa crie uma comissão com a presença de representantes do sindicato para apurar a causa do acidente. “A recusa da empresa sobre esta proposta do sindicato nos levará ao Ministério Público Federal do Trabalho (...) Nossas condolências aos familiares”, diz trecho da nota. Segundo o sindicato, vários trabalhadores ficaram em estado de choque com o acidente.
TRISTEZA Douglas e Allan eram primos e moravam em Ipatinga. Douglas era recém-casado e Allan estava noivo. As companheiras dos dois jovens ficaram inconsoláveis com as mortes. Nas redes sociais, a noiva de Allan, Francieli Moreira, fez uma homenagem ao namorado com quem estava há cinco anos. “Não tenho palavras pra descrever o que sinto. Única coisa que sei é que te amarei para sempre e você foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Te amo pra sempre, minha vida. Saudades eternas”, escreveu Francieli. A reportagem não conseguiu contato com familiares dos operários mortos.
Importante lembrar que os dados de acidente de trabalho com terceirizados só aumenta. Os números são de a cada 10 mortes por acidente de trabalho, 8 são de terceirizados. Está em pauta no Supremo Tribunal Federal, a votação sobre a liberação da terceirização na atividade fim. Precisamos ficar atentos, pois é a vida da classe trabalhadora que está em jogo.
Fonte- Jornal Estado de Minas
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